Mas não sei se por ser mentira, se por ser eu muito jovem, quando escrevi a minha pequena história (já lá vão uns 4 anos) ela não teve nada de autobiográfico.
Pelo contrário ela foi para mim como uma história de conto de fadas, mais realística e sem príncipes encantados, com os dramas no lugar certo, "os vilões" a fazerem o seu papel e a personagem principal com um nome que eu poderia ter escolhido para mim.
Na altura eu queria que me chamassem Xana, por ser eu Raquel Alexandra e não ser muito do meu agrado o meu nome. Como tal a personagem da minha história chamava-se Alexandra e toda a gente tratava por Xana. Inventei-lhe uns pais carinhosos, meigos, preocupados, e RICOS. Porque? Porque eu gostava de poder viver desafogadamente.. Estes trabalhavam fora e como tal eu tinha um pouco mais de liberdade na minha opinião.
Queria nessa altura emagrecer, apesar de nada fazer por isso, mas na minha história inventei uma trama, que vejo agora como estúpida, em que ela emagrecia imenso, pintava o cabelo de caju (oh como eu queria pintar o cabelo - e ainda quero diga-se de passagem) e aparecia renovada aos olhos de todos.
Tinha também um melhor amigo, mais velho; Tinham começado por comportar-se como cão e gato mas depois no fim ficavam juntos.
Teve um namorado que a traiu, tinha um amigo que gostava dela, e teve depois outro grande amigo.
Eu com 14 anos queria desesperadamente arranjar um namorado, como a maior parte das minhas colegas, mas hoje parece-me que talvez a história tenha que ser modificada, pode ter os amigos todos do mundo mas há lá exageros.
Mas o ponto a que eu queria chegar é que nada daquilo que escrevi se passava na minha vida, era , pelo contrário, aquilo que eu queria que se passasse. Não era de todo um romance autobiográfico. Era apenas uma história que eu queria viver, nem que fosse apenas por intermédio do pensamento.
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